Quantas e quantas vezes já lemos a expressão "Afinal não é bem assim" ou "Afinal não é como se pensava"? Muitas. Demasiadas. Hoje foi mais um desses dias enquanto dava uma pequena vista de olhos pelas notícias. Eu acredito na evolução da ciência. No desenvolver de novas tecnologias, novas formas de estudar "isto e aquilo" e também acredito na divulgação dessas informações. No entanto acho que somos de tal maneira bombardeados com dicas, com "informação científica comprovada", com "faça isto, não aquilo" que as tantas o cérebro pára porque precisa de repouso, porque tudo isto é simplesmente demasiado. E as tantas, já fartos e exaustos de tanta "informação", vêm dizer-nos que afinal não é nada disso, é exactamente o contrário.
Numa sociedade que fomenta informação, que se alimenta dela e que leva o seu dia-a-dia consoante o que ouve aqui e o que ouve ali (a menos que alguém tenha um laboratório em casa e possa fazer a sua própria "investigação") ficaríamos todos bem agradecidos que aquilo que se publica como "comprovado" fosse efectivamente comprovado, não fosse somente "comprovado agora" para alguns anos mais tarde afinal já não ser bem assim.
O leite sempre fez bem. De repente afinal é muito mau. As tantas não é nada disso e faz mesmo bem à saúde e afinal, uma vez mais, é prejudicial, um veneno até! Então afinal em que é que ficamos? Se o leite é um veneno porque é que está nas prateleiras dos supermercados? Não deveria ser restringido? Assim fico sempre na dúvida. Compro ou não? Neste ponto poderia ser argumentado que o tabaco, conhecido agente cancerígeno, também se encontra à venda. Certo, mas em máquinas bloqueadas e com venda proibida a menores de 18 anos. Se calhar também o leite tem de começar a ser vendido desta mesma forma.
O leite é só exemplo de muita coisa que se "fala por aí" e que depois ninguém sabe ao certo como é afinal. Uns dizem que beber água à refeição é bom porque enche o estômago, logo comemos menos. Outros dizem que afinal não é bem assim porque a água dilata as paredes do estômago, afinal comemos é mais. Devemos comer grelhados porque não são necessárias gorduras. Afinal não porque são cozinhados a altas temperaturas e podem ser ainda mais prejudiciais. Se vão comer fritos prefiram-nos cozinhados com gorduras de origem vegetal, como óleo de girassol etc, e nada de manteigas e banha. Afinal agora é ao contrário, como li nesta notícia, e o óleo de girassol é terrível e a manteiga é a gordura preferível.
É impossível alguém que ouça tantas informações contraditórias não se perguntar então afinal que fontes de informação são estas que ora dizem uma coisa ora dizem outra? Uma vez mais reitero que acredito na evolução da ciência, mas não acredito, nem vejo como acreditar, que algo que é considerado benéfico, comprovadamente benéfico - com estudos e todos esse ram ram - afinal depois as tantas além de não ser benéfico até faz é mal. Quando comprovaram que os óleos vegetais eram benéficos não se teriam dado conta dos potencias químicos que eram produzidos?
Isto parece uma brincadeira, mas não é, o que torna tudo ainda mais grave.
E perante tanta investigação que diz que sim e depois as tantas diz não, realmente é melhor uma pessoa dedicar-se a beber água (que pelo que sei ainda não vieram dizer que faz mal - esse tempo virá certamente)!
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