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24 de agosto de 2016

Livros Na Mala

A vida vai mudar, já não falta muito, e espero que seja para melhor. Certamente que será. 
Aqui a vossa amiguinha finalmente arranjou uma nova etapa na sua vida e para isso vou ter de me mudar. Sim vou continuar aqui por terras Lusas, o que me deixa muito contente, mas digamos que mais a Sul, bem mais a Sul, o mais a Sul possível!

Vou com a mala cheia de motivação e cheia de boas esperanças para ser um bom começo e quem sabe uma porta para o futuro. Além disso, a mala vai cheia de livros claro está!


Estas foram as escolhas práticas para o momento e já me parece uma boa dose de livros que para aqui levo, mais que suficientes para me manter ocupada durante uns bons tempos!

Outlander A Viajante, A Filha do Capitão e Os Crimes Patrióticos/As Férias de Poirot que já havia mencionado no meu post anterior de leituras futuras vão comigo claro para eu me manter fiel à minha listinha dos livros que quero ler, e a estes juntaram-se mais alguns:

Os Pilares da Terra Vol I e Vol II - Ken Follet 
Esta foi uma escolha repentina pela necessidade de ir de férias e não levar o Outlander comigo, uma vez que este é gigante e pouco prático, e era um livro que já há muitos anos queria ler. Agora vou ter essa a oportunidade uma vez que comecei a ler o primeiro e vou leva-lo até ao fim.

Expiação - Ian McEwan 
Este é provavelmente o livro que já toda a gente leu, ou quem não leu provavelmente viu o filme. Eu cá encaixo no terceiro grupo, onde talvez me encontre sozinha, em que não vi o filme nem sequer li o livro o que conto fazer agora em breve. Não li sequer nenhuma opinião do livro por isso será uma total surpresa, apesar de ter uma ideia da história devido à febre que o filme causou aquando do seu lançamento.

A Mão de Rasputine - William M. Valtos
O wild card da minha lista é este, porque não conheço absolutamente nada de nada deste livro, no entanto já anda cá em casa há muito tempo e a minha mãe descreveu-o como "macabro" portanto eu achei que valeria a pena levá-lo e dar-lhe uma oportunidade de leitura. Esta associação poderia querer fazer de mim uma pessoa estranha que gosta de coisas macabras, mas garanto, é meramente uma associação, eu sou muito normal!

A Sangue-Frio - Truman Capote
Um livro que quero muito ler e que já quase o fiz, lembro-me de o ter deixado mais ou menos a meio há muitos anos atrás quando o comprei, pouco antes de ter sido lançado o filme inspirado no mesmo - que, já agora, é belíssimo e eu adorei - e agora aqui vai nova oportunidade para o ler do inicio ao fim.

11 de julho de 2016

24 de março de 2016

Ver além.

Não tenho propriamente um assunto sobre o qual gostaria de escrever, mas simplesmente me apetecia escrever. Afinal o blog também serve para esses momentos onde mesmo não havendo o que dizer, tenho necessidade de escrever. E isso até é quase uma mentira, porque haver o que dizer há sempre, seja uma coisa ou outra, há sempre algo a contar.

E agora pensando bem até haveria alguma coisa sobre a qual gostaria de escrever. Sabem aquela "aprendizagem" que podemos fazer quando em "contacto" com alguém? É importante, e muitas vezes revela-se ainda com maior importância para o futuro.

Começo a acreditar vivamente que nunca conhecemos alguém. Conhecer a sério. Há sempre algum senão, alguma postura que não vimos, alguma qualidade ou defeito que passou despercebido, há sempre algo. Não necessariamente algo mau, mas mais vezes mau do que bom. E também é daí que aprendemos. Aprender a lidar. Aprender a ler alguém. Aprender a ler nas entrelinhas.

Eu fiz isso. Um processo de aprendizagem. Um estudo... e o resultado foi curioso. Há uma certa ironia em todo o processo, há um certo alterar dos papéis que não vou negar, sabe bem. E há também o desmascarar, o entender que alguém que diz X provavelmente está a pensar em Y. Eu aprendi a fazer de conta que percebi X, mas na verdade consegui ver o Y bem lá marcado. Mas fiz de conta. E ao fazer de conta, a conversa sobre o X foi andando e andando e andando até que o Y se tornou tão evidente que era ridículo. 

E eu fiz uso de ter visto esse Y em letras flamejantes bem escondidinho mas bem à vista ao mesmo tempo. Realmente, pesando tudo em cima duma balança, aquele ponteiro só dava para um lado. Foi uma boa aprendizagem, foi um bom exemplo para o todo sempre que será a minha vida. Foi igualmente um tirar de talvez alguma réstia de dúvida que poderia, num canto muito escondido, existir. Porque agora sei. Sei muito bem que ali só havia um Y, que simplesmente não me diz nada.

Já sei "ver" além.

6 de fevereiro de 2016

A sensação é real. A sensação de ser usada é horrível. A traição. Aquela que sabia que ia acontecer, era inevitável, previsível até, mas, no fundo, só acreditamos quando realmente acontece. É como bater de frente, imagino eu. Nada ampara o choque. O embate é brutal. Inqualificável. Talvez seja como se me arrancassem a pele aos poucos, lentamente para doer mais e mais prolongadamente. Uma traição leva sempre algo de nós, porque no fundo como podemos viver sem nos darmos, por muito ou pouco que seja? E depois essa parte vai-se, para nunca mais voltar. É arrancada a sangue frio. Dói. Magoa. Esmaga. E depois o que sobra? O vazio. Familiar e desconfortável. Cada vez maior, cada vez mais profundo. Talvez um dia seja tudo o que sobra...

24 de janeiro de 2016

Prometeste que ias lutar.

Onde está a tua luta? Onde está a tua garra? Onde está o teu querer viver?
Não queres! Não podes querer. Quem quer não age assim. Não te ensinaram a lutar? Não te disseram que és tu que tens de lutar? Eu quero lutar contigo mas não posso. Tens de ser tu. 

Só te vejo assim. Em baixo. Triste, apagado, deprimido, doente. Sem vontade. Sem esperança. Sem um raio de uma única vontade de nada. Sem o raio de um querer. Sem nada. Assim só e tu só. Sozinho, abandonado, fechado no teu mundo que não partilhas com ninguém. Enclausurado nos teus pensamentos. Preso no teu pessimismo. Refém do teu pesadelo, acorrentado pelo teu desespero. Liberta-te por favor! Luta! Luta caramba! Luta com tudo o que tens! Eu não peço muito, só peço isso. 

Quero ser egoísta e ver o teu sorriso de novo. Ouvir as minhas gargalhadas como resultado das tuas piadas. Ver os teus olhos brilharem. Reclamares porque não temos humor! Lembras-te dessa? Porque não apreciamos o teu bom humor! Volta a ser quem eras. Eu preciso de ti. Precisamos todos de ti. Respira fundo e vai à luta! Não esperes que te venham buscar. Não esperes por nada porque não vai acontecer. Tens de ser tu. Tens de ser tu a lutar, tens de ser tu a querer. Por favor! Já te tentei dar mil empurrões, nada resulta. Já tentei irritar-te. Já tentei fazer-te sorrir. Já tentei tudo. Sinto-me invalidada pelo meu falhanço por isso faço este apelo. 

Luta! Luta com tudo o que tens, ainda que seja pouco. 
Não te deixes vencer. Tens todas as chances de ser vitorioso.  

Merda, vai à luta!

22 de janeiro de 2016

És quase um sonho. Um daqueles que custa mesmo acordar e enfrentar a realidade que se impõe. Um daqueles que parece mesmo real. Um daqueles que nunca vou esquecer. Até podias ser quase um sonho acordado. Uma constante. Uma presença absurdamente perfeita. Tens a capa perfeita. Tudo aquilo que alguém poderia querer. A máscara mais bela que alguma vez vi. A voz mais doce. A pele mais suave. Mas afinal não era bem assim. És um sonho sim. Um daqueles que preferi acordar. Um daqueles que era irreal. Um daqueles que já esqueci.

15 de janeiro de 2016

A chuva fez folga, pelo menos por um dia. Consegui ir caminhar, finalmente. Céus, que saudades eu tinha disto. Andar sem rumo a sentir o ar frio do Inverno na cara e a manter sempre um olhar atento ao céu em alerta de qualquer ameaça de chuva. E deixar o pensamento fazer o que quer, seguir o seu curso natural e repousar longe, bem longe daqui, num local que me dá conforto e me faz sorrir. Se ao menos todos os dias pudessem ser assim.

31 de dezembro de 2015

Tudo O Que Não Sabes.

Não sabes a tua importância.
Não sabes o bem que fazes.
Não sabes que interessas a alguém.
Não sabes que és um favorito.
Não sabes a quem fazes sorrir.
Não sabes a quem fazes rir.
Não sabes o quanto és.
Não sabes que és tudo.

Talvez agora sim, saibas.

24 de dezembro de 2015

19 de dezembro de 2015

Será Isto Crescer?

Penso em quem eu era. Mas não me vejo ali.
As fotos são vazias. Os sorrisos sobrepostos.
O que importava antes já não importa agora.
Tudo é diferente.
Eu sou diferente.
Não me revejo no passado. Algo mudou.
Eu mudei. Sim, é isso, mudei. Cresci talvez.
Para melhor? Ou para pior?
Não importa.
Agora sou mais eu.
Agora posso ser eu.
Agora quero ser eu.

A verdadeira eu.

18 de dezembro de 2015

Então Que Seja Natal!

E porque só acontece uma vez por ano tem de ser especial, e para ser especial tem de ter tudo aquilo a que tem direito e tudo para, apesar de tempos mais conturbados, seja na mesma uma altura do ano especial. É a altura em que tudo brilha, tudo reluz, as músicas são calmas e alegres e um sorriso no rosto é imperativo.

Por isso, começamos pela neve aqui no blog que me parece um toque engraçado e mais festivo, agradeço ao blog Spiceupyourblog de onde tirei as ferramentas necessárias.


Além disso claro não pode faltar a música para nos acompanhar, e aqui a escolha é complicada porque são tantas e a mim parece-me que gosto delas todas e não consigo escolher só um por isso vá, ficam duas fantásticas.

Tom Petty & The Heartbreakers - Christmas All Over Again

Aretha Franklin - Winter Wonderland

Ou então também podemos passar aqui um bom bocado e ouvir uma carrada de diversos aqui tão estupendamente bem seleccionados e casados nesta compilação de 50 temas.



Além disso não me poderia esquecer da árvore de Natal muito bem decorada ca em casa, como, aliás, acontece em todos os anos (e claro a autoria da decoração é minha!).


O tema no telemóvel claro que também tinha de ser ajustado à época do ano (pode não ser este que se mantém até à data (e posteriormente porque lá porque o Natal é dia 25, não quer dizer que dia 26 de Dezembro não possa ser Natal também e tudo o que lhe é alusivo tenha de desaparecer!) uma vez que estou constantemente a ver coisinhas novas.


E o Wallpaper do computador que é sempre uma espécie de segunda casa e por isso também faz bem aos olhinhos e ao espírito.


Ainda tentei que o meu cãozinho quisesse ser querido e quiçá usar uma vestimenta alusiva ao Natal mas ele não foi muito receptivo e preferiu dar-me o look  de "deixa-me em paz, estou aqui tão bem"!

11 de dezembro de 2015

Quase Que Me Enganavam Malandros, Mas Não Foi Desta

O respeito pelos clientes é algo que parece ter desaparecido. Um dia estava lá e no outro dia já não estava. Sumiu-se. Evaporou-se. Talvez tenha deixado de ser essencial? De certeza que não mas por algum motivo deixou de ser algo presente na íntima relação temporal que se estabelece entre vendedor e comprador. Será o desleixo uma nova forma de vender? Ou será mais o querer enganar o parceiro (comprador neste caso)? Eu vou mais nesta última, e passo a explicar o meu problema.


Sou consumidora de lojas online. Confesso que sair de casa para ir comprar isto e aquilo deixou de ser a minha primeira opção. Não, primeiro vou ver aqui na internet o que há e os preços e se com portes compensa etc etc etc. Já é assim há muito tempo e vai continuar a ser, uma vez que sinto-me bastante satisfeita com todas as compras que tenho vindo a fazer online. Há o lado cómodo da questão e também prático - porque nem todos vivemos à beira dum Centro Comercial ou em cidades com grande desenvolvimento comercial. 

Mas a porca ia torcendo o rabo mesmo no processo final de uma encomenda (nem era processo final, já estava feita, só faltava pagar) não fosse eu pessoa de dar bastante consideração a uma possível compra antes de a fazer, não fosse eu ver 1500 sites diferentes antes de a adquirir. Já agora não me estou a auto-intitular porca, este será mais o nome certo para esta loja que se armou em espertinha, sim Insania, quase que me enganavas. Gostaria também, antes de prosseguir, de fazer notar que já tinha feito uma compra nesta loja sem qualquer problema.


Ora eu estava em processo de adquirir uma prenda de Natal para um membro da família. Efectivamente tinha encontrado a prenda quase perfeita, era mesmo aquilo e o preço era aceitável. Havia duas opções, uma a 21,95€ e outra a 22,95€ e eu resolvi optar por esta última uma vez que me pareceu de melhor qualidade. A loja em questão atribui envios gratuitos a partir de 25€, pelo que ,pensei eu, em vez de pagar mais 4,50€ pelo envio da encomenda, vou dar aqui uma vistinha de olhos e escolher uma treta qualquer para perfazer os tais 25€. Assim entrou em cena um aquecedor de mãos de 2,45€. Perfeito, faziam-se 25,40€ e já não pagava mais nada.

Efectuei a encomenda e escolhi o método de pagamento como Multibanco e depois veio a surpresa. Aconteceu o impensável! Quando recebi a informação com os dados para pagamento o valor total era de 35,40€, "WTF????" pensei eu. Ainda imaginei ter-me enganado em alguma quantidade, pode acontecer, mas qual não é o meu espanto ao verificar que a dita prenda que eu queria comprar, miraculosamente aumentou 10€ desde que eu iniciei o processo de compra até que finalizei (o que demorou uns escassos minutos!) Custava agora 32,95€! No site Kuantokusta, onde habitualmente costumo consultar preços ainda podemos ver a dita cuja a 22,95€, prova que era isso que custava e eu não estou, afinal, tolinha.


Estou completamente abismada, e logo 10€ de uma só vez. Bem, a isto se pode chamar inflação instantânea! Mais rápida que a tua encomenda! Claro que pedi imediatamente o cancelamento da mesma e penso que esta situação é toda ela lamentável. Ridícula até, acho que ainda me estou a rir do que aqui, nesta noite de 10 de Dezembro (sim ainda era dia 10!), sucedeu. Mais uma prova de falta de respeito por um cliente, mais um acto que deixa muito a desejar.

Mas bem meus queridos malandros, para vosso azar eu realmente dei conta do sucedido e de mim já não levam a compra desta encomenda e de mais nenhuma certamente.
É quase como se não se importassem, mas eu cá importo-me, e muito, por isso... how about no!


Actualização: Em resposta ao cancelamento da encomenda (com exposição do sucedido) foi-me dito que o preço do artigo deve ter sido actualizado durante o processo de encomenda. Isto para mim ainda borra mais a pintura porque então será normal aumentar 10€ no preço de um produto assim dum minuto para o outro! Valente! Até dá vontade de rir, isto é mesmo ver quem rouba mais!

6 de dezembro de 2015

Apressa-te livro!

Ler é um facto na minha vida. Sempre que me fizerem a pergunta "Então e que andas a ler?" a responda nunca será "Nada." porque eu tenho sempre um livro à mão, tenho sempre um livro que me acompanha e que vou lendo (uns mais depressa que outros).

Actualmente este lugar é ocupado pela Camilla Lackberg com o seu "A Sombra da Sereia", livro este que eu estava muito ansiosa por ler dada a obsessão que desenvolvi ao ler os dramas nas vidas da Erica e do Patrick nos livros anteriores. Obsessão saudável note-se.


No entanto este livro está demorado. Em 200 páginas já lidas sinto que ainda não sei nada ou apenas muito pouco. E assim se passou quase metade do livro sem acontecer muito coisa. E eu não gosto. Porque quero andar com isto para a frente mas sem um bocadinho de acção a coisa não vai lá!


E a questão da pressa adensa-se quando um outro livro entra em cena (as melhores prendas de anos, muito obrigada meus queridos mãe e pai) e o senhor John Le Carré apresenta-se com o seu "Um Homem Muito Procurado" e a urgência instala-se. Porque quero muito ler este livro. Porque me faz juras de excitação da primeira à última página. Porque chama por mim com o seu cheiro a livro e com aventuras por desbloquear.

Mas a "Camilla" apesar de encravada não merece que a abandone! Não! Até porque se em 200 páginas não aconteceu muito, bem, daqui para a frente talvez seja sempre em alto fulgor! Por isso minha querida vamos a estas páginas, vamos ao ser agarrada pelo livro porque quero apressar-te, não queremos ser rudes e deixar Mister Le Carré à espera muito tempo. 

27 de novembro de 2015

Um dia (a)normal.


Espirrar umas 40 vezes por dia (num dia bom). Assoar o nariz. Coçar os olhos. Coçar o céu da boca. Sensação de areia nos olhos. Coçar novamente. Olhos vermelhos e a lacrimejar. Nariz a correr. Nariz entupido. Mais assoadelas. Sensação de comichão na garganta. Forçar tosse para aliviar. Mais corrimento nasal. Mais espirros. Mais comichão nos olhos. Muitos lenços gastos. Todo um rasto de destruição na pele que abraça o nariz e em volta dos olhos. Dar uma ajudinha com creme. Grandes camadas de creme. Novos espirros. Novas assoadelas. Mais comichão. Lá se foi o creme. Mais pele seca. Noites intranquilas. Constante sensação de comichão no nariz. Espirros novamente. Acordar para assoar o nariz. Não voltar a adormecer porque o nariz continua a incomodar. E os olhos também. Mais vermelhidão. Sensação de falta de ar. Expectoração constante. Tosse. Mais espirros. Mais comichão no nariz. A dor de cabeça de tanta pressão. De tanto espirrar, de tanto coçar, de tanto enervamento. Mais espirros. Sempre mais e mais espirros. Rinite alérgica, essa minha amiga. 

Assim se passam 90% dos meus dias. E estimar que é 90% já é considerando que tenho 10% de descanso de tudo isto, normalmente só com o efeito de um bom anti-histaminico em cima (Actifed - o único eficaz para o meu caso mas que dá uma soneira tremenda - uns 3 por dia e andava aí como se nada fosse mas, não quero depender de comprimidos) e prevendo que faz o efeito prolongado que preciso. As vezes, infelizmente, nem isso é suficiente. E os 90% sobem facilmente para 95%. Maior parte das vezes o meu nariz e os meus olhos parecem uma batalha campal. Uma batalha que eu nunca consigo ganhar e com a qual estou sempre a ser bombardeada. Sem descanso. Sem um momento de sossego. É saturante. É de uma pessoa querer fechar-se num sitio e ficar lá quieta mas o mais provável é continuar a espirrar. Um tratamento de 15 injecções e eu fiquei na mesma. Tudo me faz mal.

A luz faz-me mal. As camisolas fazem-me mal. Os tapetes fazem-me mal. Os cobertores e as mantas idem. As alcatifas são um atentado à minha saúde. Os cheiros. Os perfumes. Os desodorizantes. As velas. As écharpes. O pó. O maldito pó que nunca se acaba. Ácaros foi o que me disseram. Alergia aos ácaros, o teste provou que sim. Mas como é que se vive sem ácaros? Como? Estão em todo lado. Estão sempre em todo o lado. O pó limpa-se e nos dez minutos seguintes la está ele novamente. Areja-se tudo e mais alguma coisa mas o alivio é pouco. É nenhum. 

Não há alivio. 
E mais um dia na minha vida, igual a tantos outros, assim passará.

23 de novembro de 2015

Queridos Supermercados

Caminhamos a passos largos para o Natal e isso implica certas atitudes por vossa parte. Natal significa, entre outras coisas, Ferrero Rocher. E numa altura da minha vida em que prendas não me dizem grande coisa, é ainda mais importante ter à mão de colher estes maravilhosamente deliciosos chocolates para adoçar este Natal que já se vai sentindo muito frio. 


Aqui faço o meu apelo aos variadíssimos estabelecimentos comercias: 5,20€ (mais coisa menos coisa) por uma caixinha de 16 chocolatinhos é um balúrdio! Dios! Confesso que o Lidl me surpreendeu pela sua antecipação nos meus desejos mas foram extremamente inconvenientes na escolha da data uma vez que não me foi possível deslocar ao seu estabelecimento no fim de semana escolhido para a promoção. Por isso, queridos Continente e Pingo Doce (escolhidos pela sua proximidade) não me desiludam e façam lá uma promoçãozinha - decente! - porque eu preciso de fazer um stock de caixas para consumo próprio e para também oferecer. 

Eternamente agradecida! 

15 de novembro de 2015

Uma carta para ti.

Quando procuro em mim não encontro nada. Nem um único bocadinho de ti. Nada. Não te vejo mais. Não te quero ver, céus, não quero mesmo. Agora já és outra pessoa. Talvez sempre tenhas sido mas eu não vi isso. Não imediatamente pelo menos. 

Mas sabes que mais? Eu não me importo. Ás vezes ate me surpreendo a sorrir. Sim, a sério, e é mesmo curioso. Sorrio porque eu sei. E tu não sabes que eu sei. E é quase divertido ver-te a mostrares quem não és. É como ver um Pai Natal disfarçado e estares farto de saber quem está debaixo da máscara mas o esforço que ele faz para não dar nenhuma pista. Tu deste muitas. E a tua máscara caiu sem saberes. Ainda pensas que a tens, mas não, vê bem, ela caiu. Resta o verdadeiro tu. Nu e cru. Previsível. Desonesto.

O meu sorriso não o podes ver. Infelizmente para ti porque se calhar se o visses sabias o erro que cometes. Sabias que eu não choro. Sabias que a minha pele é um escudo. E o lado direito do meu cérebro já não reage a ti. Sim, sabes bem que ao meu coração nunca chegaste. Eu não tenho pena de ti. Foste só uma ideia. Uma passagem no meu livro. Eu sei a falta que te faço. Eu sei que te faltam os meus ouvidos que estavam sempre dispostos a ouvir. Eu sei que te falta o meu apoio. Mas tu pensas que não, não sabes que já começou. Darás conta disso, e aí vai-te faltar o chão, e tudo quanto tens feito se voltará contra ti.

E aí saberás que a tua máscara caiu e já não te protege.

10 de novembro de 2015

Beber água, talvez?


Quantas e quantas vezes já lemos a expressão "Afinal não é bem assim" ou "Afinal não é como se pensava"? Muitas. Demasiadas. Hoje foi mais um desses dias enquanto dava uma pequena vista de olhos pelas notícias. Eu acredito na evolução da ciência. No desenvolver de novas tecnologias, novas formas de estudar "isto e aquilo" e também acredito na divulgação dessas informações. No entanto acho que somos de tal maneira bombardeados com dicas, com "informação científica comprovada", com "faça isto, não aquilo" que as tantas o cérebro pára porque precisa de repouso, porque tudo isto é simplesmente demasiado. E as tantas, já fartos e exaustos de tanta "informação", vêm dizer-nos que afinal não é nada disso, é exactamente o contrário.

Numa sociedade que fomenta informação, que se alimenta dela e que leva o seu dia-a-dia consoante o que ouve aqui e o que ouve ali (a menos que alguém tenha um laboratório em casa e possa fazer a sua própria "investigação") ficaríamos todos bem agradecidos que aquilo que se publica como "comprovado" fosse efectivamente comprovado, não fosse somente "comprovado agora" para alguns anos mais tarde afinal já não ser bem assim. 

O leite sempre fez bem. De repente afinal é muito mau. As tantas não é nada disso e faz mesmo bem à saúde e afinal, uma vez mais, é prejudicial, um veneno até! Então afinal em que é que ficamos? Se o leite é um veneno porque é que está nas prateleiras dos supermercados? Não deveria ser restringido? Assim fico sempre na dúvida. Compro ou não? Neste ponto poderia ser argumentado que o tabaco, conhecido agente cancerígeno, também se encontra à venda. Certo, mas em máquinas bloqueadas e com venda proibida a menores de 18 anos. Se calhar também o leite tem de começar a ser vendido desta mesma forma. 

O leite é só exemplo de muita coisa que se "fala por aí" e que depois ninguém sabe ao certo como é afinal. Uns dizem que beber água à refeição é bom porque enche o estômago, logo comemos menos. Outros dizem que afinal não é bem assim porque a água dilata as paredes do estômago, afinal comemos é mais. Devemos comer grelhados porque não são necessárias gorduras. Afinal não porque são cozinhados a altas temperaturas e podem ser ainda mais prejudiciais. Se vão comer fritos prefiram-nos cozinhados com gorduras de origem vegetal, como óleo de girassol etc, e nada de manteigas e banha. Afinal agora é ao contrário, como li nesta notícia, e o óleo de girassol é terrível e a manteiga é a gordura preferível. 

É impossível alguém que ouça tantas informações contraditórias não se perguntar então afinal que fontes de informação são estas que ora dizem uma coisa ora dizem outra? Uma vez mais reitero que acredito na evolução da ciência, mas não acredito, nem vejo como acreditar, que algo que é considerado benéfico, comprovadamente benéfico - com estudos e todos esse ram ram - afinal depois as tantas além de não ser benéfico até faz é mal. Quando comprovaram que os óleos vegetais eram benéficos não se teriam dado conta dos potencias químicos que eram produzidos? 

Isto parece uma brincadeira, mas não é, o que torna tudo ainda mais grave.
E perante tanta investigação que diz que sim e depois as tantas diz não, realmente é melhor uma pessoa dedicar-se a beber água (que pelo que sei ainda não vieram dizer que faz mal - esse tempo virá certamente)!

1 de novembro de 2015

Ler, a quanto obrigas.


Ler é algo que faço com o maior dos gostos. Em verdade é a minha maneira favorita de passar o tempo e sei que apesar de nós, leitores aficionados, sermos uma minoria nos dias de hoje e na nossa sociedade, ainda há por aí muito boa gente que não dispensa a companhia de um livro. E em qualquer dos formatos, seja o livro impresso, o meu preferido, ou nos mais recentes ebooks que confesso terem um aspecto pratico muito interessante, apesar de eu preferir o "folhear" das páginas.

No entanto no nosso país torna-se (quase) impraticável ler. É tudo uma questão de preços e hoje em dia quem não olha a gastos? É difícil, nos dias de hoje, encontrar um bom livro que não se encontra na faixa de preços entre os 17€ e os 25€. Seja biografia, seja romance estrangeiro, literatura nacional, tanto faz. Pessoalmente sou amante dos Romances Policiais e ultimamente tenho grande tendência a preferir os crimes nórdicos cujos autores gostam de escrever séries, e depois de ler o primeiro e o segundo claro que quero ler o terceiro e o quarto e o quinto e quantos mais forem publicados. A cerca de 20€ (média) cada livro, fica cara a brincadeira.

Sempre ouvi dizer, quer no "boca-a-boca", quer na própria comunicação social, que em Portugal se lê muito pouco e que devem ser criadas iniciativas para fomentar a leitura, especialmente nos mais novos, mas com preços destes quem pode? Acredito que muita gente não leia porque ache que é extremamente aborrecido, principalmente comparado com os reality-shows que nos são brindados na televisão portuguesa, mas também quero acreditar que haja muita gente que não lê porque os 20€ que vai dar por um livro lhe fazem falta para comprar pão, manteiga e fruta para comer.

Queridas editoras portuguesas, porque não praticarem preços mais acessíveis para que toda a gente possa desfrutar do prazer da leitura? Na minha lista de leitura encontra-se o próximo livro da Camilla Lackërg intitulado "A Sombra da Sereia" que para mal dos meus pecados custa 19,90€ no Wook e cerca de 17,90€ no note.it, mas é curioso como as traduções inglesas que se podem encontrar no Bookdepository custam entre 10€ e 11€ na versão Paperback que é equivalente ao que temos no nosso país. Isto realmente faz-me crer que a tradução para português tem de ser paga a preço de ouro! 

Assim, cada vez se lê menos e seremos, cada vez mais, uma minoria.

26 de outubro de 2015

Jornalismo, onde estás?


Quando alguém lê este título, pode facilmente dar-me a resposta de que o jornalismo está em todo o lado. Efectivamente. Talvez também concordássemos que hoje em dia qualquer badameco se auto-intitula de jornalista e proclama fazer jornalismo. Certo, mas errado. Porque para mim só é jornalismo se for a sério e se for de qualidade. Algo altamente escasso hoje em dia. Já serão difíceis encontrar jornalistas sérios com material de interesse. Jornalistas que não se deixam pagar e influenciar por opiniões de hierarquias mais altas. Jornalistas que sabem do que falam. Jornalistas que fazem o seu trabalho: seleccionar informação e o meio de a divulgar. Escolher aquilo que merece divulgação. 

Vou focar-me hoje principalmente nos telejornais e jornais da noite da televisão portuguesa. O jornalismo televisivo perdeu para mim muito interesse. A primeira razão é que, como devem imaginar, para se ter uma edição de 60 minutos, no mínimo, têm de ser dadas muitas notícias que não interessam a ninguém. E para mim o dar noticias por dar, para encher chouriços como se costuma dizer, não me interessa, nem vou perder o meu tempo com isso. Talvez dos 60 minutos possa aproveitar os 15 primeiros e pouco mais. 

A segunda razão é porque não sei que canal escolher, a RTP faz papel de porta-voz, a TVI é sensacionalista que dói e a SIC vai pelo mesmo caminho. A terceira razão é que apesar de eu amar futebol, também gosto de outros desportos, mas acho uma vergonha quando temos um português no campeonato do mundo de MotoGP na categoria de Moto3, a vencer corridas atrás de corridas, e quando nao as vence tem bons resultados, e estes telejornais nem o raio de uma imagem da corrida conseguem! Já nem digo um vídeo, que seja uma foto, mas que ao menos seja da corrida em questão (neste campo penso que a TVI ontem mostrou 15 segundos de video da Malásia, mas quantas corridas foram precisas para termos direito a isto?). Ou então o ténis, que só existe na semana do Estoril Open ou quando o Nadal perde e o Djokovic ganha, e também se passa o mesmo com as imagens usadas nas reportagens, quantas noticias já deram do João Sousa sempre com as mesmas imagens do estoril? Mas o Deus dos Telejornais nos livre de não ser transmitida uma notícia sobre a potencial, possível, talvez sim talvez não, será mesmo, quem sabe, nova namorada do Cristiano Ronaldo. Porque eu não ia conseguir passar o meu dia sem essa fundamental informação!

A quarta, e última razão, tem a ver com o facto de muitas vezes serem ditas coisas e quando é anunciada a noticia não tem NADA a ver. O que me levou a escrever isto tudo foi um exemplo disso mesmo. Estava eu aqui quieta e sossegada no meu canto quando ouvi, numa qualquer televisão ligada cá de casa, a jornalista da TVI anunciar: "Depois de 8 jornadas, os treinadores dos 3 grandes ja fazem contas rumo ao titulo" para introduzir uma noticia intitulada "Sporting faz historia". Eu disse "ah?!" e devo ter feito uma cara esquisita porque segundo me parece, Julen Lopetegui disse "Ainda estamos na oitava jornada e falta tudo para determinar.", Rui Vitória directo ao assunto disse "Em maio fazem-se as contas" e Jorge Jesus no seu estilo disse "Mostramos que somos candidatos mas na segunda volta vamos ter de jogar mais e continuar sempre em crescimento". 

Onde estão afinal as contas então? Estarei eu a ver mal ou alguém viu algum destes treinadores a fazer contas? Se calhar Lopetegui ontem foi para a cama e esteve a fazer contas mas isso é lá com ele, certamente a TVI não o saberia. E a esta "brilhante" introdução seguiu-se a notícia que mencionava há quantos anos o Sporting não ganhava por 3-0 na Luz ou há quantos anos este ou aquele facto da história do futebol não acontecia. Então e as contas dos treinadores afinal onde estão? Que tem isso a ver com o raio da notícia? Não entendo.

Assim seguimos, na esperança que o jornalismo acorde pra vida e se encha de qualidade!

19 de outubro de 2015

A Metamorfose Mental


Muitas pessoas dirão que a vida é curiosa.

Pessoalmente, não acho a vida curiosa. Para mim, curiosas são as pessoas, e os seus comportamentos. A maioria das vezes fico fascinada por comportamentos enganadores. Afinal não era bem o que eu pensava. Acho extremamente curioso. A maneira como certas pessoas se mudam. Quase poderiam ser apelidadas de shapeshifters, se calhar sem a parte de mudarem a pele porque essa é sempre a mesma. Daí serem enganadores. É uma metamorfose mental que afecta o comportamento, negativamente na maioria dos casos. É realmente uma curiosidade porque, costumo considerar que algo é curioso quando não encontro uma explicação, e este é o caso.

Posso estar enganada dentro do meu próprio enganado, mas não me parece. No entanto, seria mais um engano, nada de novo aqui. Mas não me parece ser este o caso. É realmente fascinante. Um dia luz, outro dia escuridão. Um dia chove, outro dia faz sol. Como o tempo. Mas será suposto as pessoas serem como o tempo? Suponho que não porque então aquilo que conhecemos como amizade, sociabilidade, a partilha da vida, não seria nada mais que um engano. Felizmente nem todas as pessoas sofrem de metamorfose mental. Infelizmente muitas sofrem e vão ser sempre essas que nos vão marcar. Imediatamente a seguir a dar um passo em falso, instala-se o receio de dar um novo passo, seja ele qual for. 

Em seguida impõe-se a verdadeira questão. As pessoas mudam para pior, ou sempre foram assim afinal de contas? Se calhar na altura envergar o verdadeiro eu não era pratico, nem ia ao encontro dos seus propósitos. Talvez fosse isso. Eu acredito mais na ocultação de personalidade, talvez uma metamorfose de algo que já lá estava. Como por exemplo a metamorfose dos insectos até à forma adulta, as asas já lá estavam, só faltava nascerem e desenvolverem-se. O terem asas faz parte do seu ser. Para alguns seres humanos é igual. A habilidade de usar os outros é inata. Sorrisos amarelos, que na altura parecem brancos. Conversas incríveis, é só paleio. Até que a torneira fecha. E depois a metamorfose mental instaura-se e quando finaliza tudo fica claro como água.

É uma pena que assim seja. E é doloroso sofrer as investidas de um shapeshifter. Mas como tudo na vida, isso também passa. A vida vai continuar e dirão os entendidos que o importante é aprender a lição. Talvez tenham razão.

A curiosidade das pessoas é essa. 
E não há maior desafio do que encontrar pessoas verdadeiras.
Eu sei que elas existem, isso é um consolo e um incentivo.

Até lá, vou admirando esta curiosidade.