31 de dezembro de 2015

Tudo O Que Não Sabes.

Não sabes a tua importância.
Não sabes o bem que fazes.
Não sabes que interessas a alguém.
Não sabes que és um favorito.
Não sabes a quem fazes sorrir.
Não sabes a quem fazes rir.
Não sabes o quanto és.
Não sabes que és tudo.

Talvez agora sim, saibas.

25 de dezembro de 2015

24 de dezembro de 2015

21 de dezembro de 2015

Day 11 - Your Favorite Movie From Your Childhood

Uma bela de uma categoria que vem mesmo a calhar para esta altura do Natal porque assim que pensei na escolha para esta categoria também se evidenciou na minha mente que este seria um belo filme para rever agora nestes próximos dias.

Para esta categoria claro que a minha escolha ia recair num filme da Disney, quer dizer, que mais poderia ser? Estive um bocadinho hesitante entre três, todos vimos o Rei Leão e todos adoramos o filme e também o Alladin, são dois filmes maravilhosos da minha infãncia como imagino de muita gente. Mas eu tenho um outro que me marcou mais ainda e que foi sempre o meu favorito. E também foi aquele que vi vezes sem conta, e até tanto em Português como em Francês e também em Inglês, por isso a minha escolha não poderia ser outra. E é um clássico dos filmes da Disney que toda a gente devia ver!

Beauty and The Beast (1991)


20 de dezembro de 2015

Leituras: Camilla Läckberg - A Sombra da Sereia

Cheguei finalmente ao fim de mais uma aventura da sueca Läckberg, e que aventura devo dizer.

Primeiro do que tudo tenho de referir que efectivamente o início deste livro não me estava a agarrar. Não por não estar a ser interessante mas simplesmente pela lentidão. Compreendo que um livro não pode debitar tudo logo ao inicio senão teríamos livros de 3 capítulos, mas demasiada lentidão também pode por vezes deixar-me aborrecida. No entanto valeu muito a pena continuar a ler!

Neste novo policial do frio, e depois de ter lido os Diários Secretos da mesma autora, que adorei e foi uma leitura fantástica e ficou no meu lote de favoritos, somos presenteados com uma história aterradora. Apercebemo-nos que uma vez mais a chave para desvendar um homicidio se encontra em pormenores do passado que a muito custo vão sendo desenterrados.

O fantástico casal de Erica Falk e Patrick Hedstrom ultrapassa uma nova fase na vida deles que promete nunca mais voltar a ser a mesma mas, como brinde, apesar do estado maravilhoso de Erica (e de se sentir enorme!) é óptimo tê-la novamente a fazer da sua curiosidade algo incontrolável e ingressar na sua própria investigação com esperanças de ajudar Patrick e restantes colegas.

Aos poucos vão sendo deixadas pistas aqui e ali que no fim se juntam para uma resolução de um crime completamente horrendo e chocante. Algo que infelizmente pode acontecer na vida real e que deixa o alerta para muitas questões, nomeadamente, o apoio a ser dado em crianças cujas infâncias são marcadas por anos de terror, sofrimento e negligencia. Confesso que não estava à espera desta "resolução" e para mim foi uma agradável surpresa ter sido prendada com tal imprevisibilidade. 

Para finalizar, Camilla Läckberg acaba este livro com uma autêntica bomba que me deixou, novamente, chocada.. Deixou-me a querer saber tudo mais quanto se vai passar e que futuro se reserva para Patrick e para Erica. Deixou-me a pergunta "então e agora, que aconteceu?" e a suspirar "não, não" mas o livro não pode acabar assim sem sabermos o que aconteceu. Mas acabou mesmo e agora resta-me a maior ânsia para ler o próximo policial, A Ilha dos Espíritos, e que mais acontecimentos estarão reservados para a pacata Fjallbaka e para as vidas de Patrick e Erica.

19 de dezembro de 2015

Será Isto Crescer?

Penso em quem eu era. Mas não me vejo ali.
As fotos são vazias. Os sorrisos sobrepostos.
O que importava antes já não importa agora.
Tudo é diferente.
Eu sou diferente.
Não me revejo no passado. Algo mudou.
Eu mudei. Sim, é isso, mudei. Cresci talvez.
Para melhor? Ou para pior?
Não importa.
Agora sou mais eu.
Agora posso ser eu.
Agora quero ser eu.

A verdadeira eu.

18 de dezembro de 2015

Então Que Seja Natal!

E porque só acontece uma vez por ano tem de ser especial, e para ser especial tem de ter tudo aquilo a que tem direito e tudo para, apesar de tempos mais conturbados, seja na mesma uma altura do ano especial. É a altura em que tudo brilha, tudo reluz, as músicas são calmas e alegres e um sorriso no rosto é imperativo.

Por isso, começamos pela neve aqui no blog que me parece um toque engraçado e mais festivo, agradeço ao blog Spiceupyourblog de onde tirei as ferramentas necessárias.


Além disso claro não pode faltar a música para nos acompanhar, e aqui a escolha é complicada porque são tantas e a mim parece-me que gosto delas todas e não consigo escolher só um por isso vá, ficam duas fantásticas.

Tom Petty & The Heartbreakers - Christmas All Over Again

Aretha Franklin - Winter Wonderland

Ou então também podemos passar aqui um bom bocado e ouvir uma carrada de diversos aqui tão estupendamente bem seleccionados e casados nesta compilação de 50 temas.



Além disso não me poderia esquecer da árvore de Natal muito bem decorada ca em casa, como, aliás, acontece em todos os anos (e claro a autoria da decoração é minha!).


O tema no telemóvel claro que também tinha de ser ajustado à época do ano (pode não ser este que se mantém até à data (e posteriormente porque lá porque o Natal é dia 25, não quer dizer que dia 26 de Dezembro não possa ser Natal também e tudo o que lhe é alusivo tenha de desaparecer!) uma vez que estou constantemente a ver coisinhas novas.


E o Wallpaper do computador que é sempre uma espécie de segunda casa e por isso também faz bem aos olhinhos e ao espírito.


Ainda tentei que o meu cãozinho quisesse ser querido e quiçá usar uma vestimenta alusiva ao Natal mas ele não foi muito receptivo e preferiu dar-me o look  de "deixa-me em paz, estou aqui tão bem"!

17 de dezembro de 2015

A Piada do Youtube

Sou devoradora de vídeos no Youtube, de todo o género, vídeos engraçados, vídeos sérios, informações, piadas, noticias, de tudo, vejo mesmo de tudo. Mas claro que aqueles vídeos mais engraçados são sempre os que me ficam na memória. 

E como tal, não raras são as vezes que estou a fazer (ou a ver) outra coisa qualquer e um ou outro pormenor remetem a minha mente imediatamente para algo engraçado que terei visto no Youtube. E depois é difícil levar a sério aquilo que estou a fazer (ou a ver) sem me lembrar do lado engraçado da questão.

Hoje estava eu descansada a ver o primeiro filme do Harry Potter, e a Pedra Filosofal neste caso, quando perante uma linha do filme, pronunciada pelo odiado/adorado Professor Snape me comecei logo a rir por me ter lembrado de um video que vi no Youtube há imensos anos. Convenhamos, para os amantes de Harry Potter, o que vos lembra a expressão "...bottle fame, brew glory"? Sim é esse mesmo vídeo do Youtube!

Rejoice!



É provavel que faça deste tipo de publicações um hábito!

13 de dezembro de 2015

Day 10 - Your Favorite Director

A minha escolha para esta categoria recai em duas pessoas. Não por minha indecisão mas sim porque não se pode mencionar um sem o outro, uma vez que trabalham em conjunto. Os Irmãos Coen são, já de algum tempo para cá, os meus realizadores favoritos. Joel e Ethan Coen conseguem de certa maneira projectar e criar filmes de tal maneira cativantes para a minha pessoa que era impossível não os escolher para esta categoria.

A associação de comédia com crime e drama torna todos os filmes dos irmãos Coen especiais e sobretudo diferentes de tudo o resto que se produz para o cinema. E eu aprecio isso. Aprecio o quanto eles detestam as personagens que criam e portanto tudo quanto é azar lhes vai acontecer. Aprecio a imprevisibilidade que existe ao longo das películas, a linguagem cuidadosamente escolhida, e os actores também muito bem seleccionados. Aprecio a comédia subtil e cuidada.

Desde o "The Big Lebowski", "Oh Brother, Where Art Thou", "No Country For Old Men", "True Grit", "Fargo" (o filme e também a série mais recente) até "A Serious Man" e "Burn After Reading", eu gosto deles todos. Gosto absolutamente deles todos e são todos eles filmes que revejo com todo o gosto, vezes sem conta. 

Para amostra deixo o trailer de "Oh Brother, Where Art Thou" (2000), Joel e Ethan Coen.

11 de dezembro de 2015

Ouvir. (100 Anos)


(Também a 100ª mensagem aqui no blog!)

Quase Que Me Enganavam Malandros, Mas Não Foi Desta

O respeito pelos clientes é algo que parece ter desaparecido. Um dia estava lá e no outro dia já não estava. Sumiu-se. Evaporou-se. Talvez tenha deixado de ser essencial? De certeza que não mas por algum motivo deixou de ser algo presente na íntima relação temporal que se estabelece entre vendedor e comprador. Será o desleixo uma nova forma de vender? Ou será mais o querer enganar o parceiro (comprador neste caso)? Eu vou mais nesta última, e passo a explicar o meu problema.


Sou consumidora de lojas online. Confesso que sair de casa para ir comprar isto e aquilo deixou de ser a minha primeira opção. Não, primeiro vou ver aqui na internet o que há e os preços e se com portes compensa etc etc etc. Já é assim há muito tempo e vai continuar a ser, uma vez que sinto-me bastante satisfeita com todas as compras que tenho vindo a fazer online. Há o lado cómodo da questão e também prático - porque nem todos vivemos à beira dum Centro Comercial ou em cidades com grande desenvolvimento comercial. 

Mas a porca ia torcendo o rabo mesmo no processo final de uma encomenda (nem era processo final, já estava feita, só faltava pagar) não fosse eu pessoa de dar bastante consideração a uma possível compra antes de a fazer, não fosse eu ver 1500 sites diferentes antes de a adquirir. Já agora não me estou a auto-intitular porca, este será mais o nome certo para esta loja que se armou em espertinha, sim Insania, quase que me enganavas. Gostaria também, antes de prosseguir, de fazer notar que já tinha feito uma compra nesta loja sem qualquer problema.


Ora eu estava em processo de adquirir uma prenda de Natal para um membro da família. Efectivamente tinha encontrado a prenda quase perfeita, era mesmo aquilo e o preço era aceitável. Havia duas opções, uma a 21,95€ e outra a 22,95€ e eu resolvi optar por esta última uma vez que me pareceu de melhor qualidade. A loja em questão atribui envios gratuitos a partir de 25€, pelo que ,pensei eu, em vez de pagar mais 4,50€ pelo envio da encomenda, vou dar aqui uma vistinha de olhos e escolher uma treta qualquer para perfazer os tais 25€. Assim entrou em cena um aquecedor de mãos de 2,45€. Perfeito, faziam-se 25,40€ e já não pagava mais nada.

Efectuei a encomenda e escolhi o método de pagamento como Multibanco e depois veio a surpresa. Aconteceu o impensável! Quando recebi a informação com os dados para pagamento o valor total era de 35,40€, "WTF????" pensei eu. Ainda imaginei ter-me enganado em alguma quantidade, pode acontecer, mas qual não é o meu espanto ao verificar que a dita prenda que eu queria comprar, miraculosamente aumentou 10€ desde que eu iniciei o processo de compra até que finalizei (o que demorou uns escassos minutos!) Custava agora 32,95€! No site Kuantokusta, onde habitualmente costumo consultar preços ainda podemos ver a dita cuja a 22,95€, prova que era isso que custava e eu não estou, afinal, tolinha.


Estou completamente abismada, e logo 10€ de uma só vez. Bem, a isto se pode chamar inflação instantânea! Mais rápida que a tua encomenda! Claro que pedi imediatamente o cancelamento da mesma e penso que esta situação é toda ela lamentável. Ridícula até, acho que ainda me estou a rir do que aqui, nesta noite de 10 de Dezembro (sim ainda era dia 10!), sucedeu. Mais uma prova de falta de respeito por um cliente, mais um acto que deixa muito a desejar.

Mas bem meus queridos malandros, para vosso azar eu realmente dei conta do sucedido e de mim já não levam a compra desta encomenda e de mais nenhuma certamente.
É quase como se não se importassem, mas eu cá importo-me, e muito, por isso... how about no!


Actualização: Em resposta ao cancelamento da encomenda (com exposição do sucedido) foi-me dito que o preço do artigo deve ter sido actualizado durante o processo de encomenda. Isto para mim ainda borra mais a pintura porque então será normal aumentar 10€ no preço de um produto assim dum minuto para o outro! Valente! Até dá vontade de rir, isto é mesmo ver quem rouba mais!

8 de dezembro de 2015

Day 09 - A Movie That You Know Pratically The Whole Script Of

Esta não é muito difícil, apesar de eu ter visto muitos filmes diversas vezes, mas há sempre aqueles que fixamos mais ou há sempre aquele que quando era uma criancinha via vezes e vezes sem contas, então na altura do Natal ainda mais. Já para não falar que volta e meia os canais de televisão também faziam o favor de dar uma nova repetição. 

Este é um filme engraçado, um bom filme de domingo como se costuma dizer, e a verdade e que o vi e revi vezes sem conta. E não me arrependo porque realmente é uma óptima maneira de passar uma tarde de domingo, é um bom filme de companhia. E é também muito engraçado. Escolhi para esta categoria a versão "2" do filme uma vez que foi mesmo este que vi mais vezes, aliás tenho praticamente a certeza que primeiro vi o segundo e só depois o primeiro. Por ser um filme que me agrada facilmente maioria do roteiro ficou-me retido na cabeça. E com agrado. Aliás agora que menciono este filme até fiquei com vontade de o voltar a rever, quem consegue esquecer aquela fantástica loja de brinquedos, o sonho de qualquer criança? Este filme é também uma boa lembrança de quando Macaulay Culkin era aquele menino loirinho adorável e super saudável e engraçado!

A minha escolha: Home Alone 2: Lost In New York (1992)
Merry Christmas you Filthy Animal !

6 de dezembro de 2015

Apressa-te livro!

Ler é um facto na minha vida. Sempre que me fizerem a pergunta "Então e que andas a ler?" a responda nunca será "Nada." porque eu tenho sempre um livro à mão, tenho sempre um livro que me acompanha e que vou lendo (uns mais depressa que outros).

Actualmente este lugar é ocupado pela Camilla Lackberg com o seu "A Sombra da Sereia", livro este que eu estava muito ansiosa por ler dada a obsessão que desenvolvi ao ler os dramas nas vidas da Erica e do Patrick nos livros anteriores. Obsessão saudável note-se.


No entanto este livro está demorado. Em 200 páginas já lidas sinto que ainda não sei nada ou apenas muito pouco. E assim se passou quase metade do livro sem acontecer muito coisa. E eu não gosto. Porque quero andar com isto para a frente mas sem um bocadinho de acção a coisa não vai lá!


E a questão da pressa adensa-se quando um outro livro entra em cena (as melhores prendas de anos, muito obrigada meus queridos mãe e pai) e o senhor John Le Carré apresenta-se com o seu "Um Homem Muito Procurado" e a urgência instala-se. Porque quero muito ler este livro. Porque me faz juras de excitação da primeira à última página. Porque chama por mim com o seu cheiro a livro e com aventuras por desbloquear.

Mas a "Camilla" apesar de encravada não merece que a abandone! Não! Até porque se em 200 páginas não aconteceu muito, bem, daqui para a frente talvez seja sempre em alto fulgor! Por isso minha querida vamos a estas páginas, vamos ao ser agarrada pelo livro porque quero apressar-te, não queremos ser rudes e deixar Mister Le Carré à espera muito tempo. 

1 de dezembro de 2015

30 de novembro de 2015

Day 08 - A Movie That Makes You Sad

Um filme que me deixa triste? Bela pergunta com uma resposta difícil. Não porque não tenha já visto filmes que me deixaram uma sensação de tristeza mas normalmente isso só se aplica a uma parte do filme e não ao filme todo. Geralmente o final é relativamente feliz pelo que a sensação de tristeza se desvanece. 

No entanto, pensando nesta categoria, realmente só mesmo um filme me vem à memória porque apesar da história principal que é retratada pelo filme, acaba por ter um final mais ou menos "feliz", todo o filme é envolto por uma aura dramática de momentos vividos perante uma tragédia, um acontecimento real, mais uma manifestação do poder incontrolável da natureza.

Realmente, se alguém não se sente profundamente abalado por uma tragédia tão marcante como esta, com uma devastação tão grande como foi este trágico fenómeno da natureza, então talvez o seu lado humano já tenha desaparecido. Um filme que me fez chorar de verdadeira tristeza. E tive, claro, aquela sensação de ligeiro alivio pela sobrevivência de uma família, o foco principal do filme, mas também de profunda tristeza pelos acontecimentos do dia 26 de Dezembro de 2004 e que aqui são retratados. 

A escolha certa para esta categoria: The Impossible (2012).

27 de novembro de 2015

Um dia (a)normal.


Espirrar umas 40 vezes por dia (num dia bom). Assoar o nariz. Coçar os olhos. Coçar o céu da boca. Sensação de areia nos olhos. Coçar novamente. Olhos vermelhos e a lacrimejar. Nariz a correr. Nariz entupido. Mais assoadelas. Sensação de comichão na garganta. Forçar tosse para aliviar. Mais corrimento nasal. Mais espirros. Mais comichão nos olhos. Muitos lenços gastos. Todo um rasto de destruição na pele que abraça o nariz e em volta dos olhos. Dar uma ajudinha com creme. Grandes camadas de creme. Novos espirros. Novas assoadelas. Mais comichão. Lá se foi o creme. Mais pele seca. Noites intranquilas. Constante sensação de comichão no nariz. Espirros novamente. Acordar para assoar o nariz. Não voltar a adormecer porque o nariz continua a incomodar. E os olhos também. Mais vermelhidão. Sensação de falta de ar. Expectoração constante. Tosse. Mais espirros. Mais comichão no nariz. A dor de cabeça de tanta pressão. De tanto espirrar, de tanto coçar, de tanto enervamento. Mais espirros. Sempre mais e mais espirros. Rinite alérgica, essa minha amiga. 

Assim se passam 90% dos meus dias. E estimar que é 90% já é considerando que tenho 10% de descanso de tudo isto, normalmente só com o efeito de um bom anti-histaminico em cima (Actifed - o único eficaz para o meu caso mas que dá uma soneira tremenda - uns 3 por dia e andava aí como se nada fosse mas, não quero depender de comprimidos) e prevendo que faz o efeito prolongado que preciso. As vezes, infelizmente, nem isso é suficiente. E os 90% sobem facilmente para 95%. Maior parte das vezes o meu nariz e os meus olhos parecem uma batalha campal. Uma batalha que eu nunca consigo ganhar e com a qual estou sempre a ser bombardeada. Sem descanso. Sem um momento de sossego. É saturante. É de uma pessoa querer fechar-se num sitio e ficar lá quieta mas o mais provável é continuar a espirrar. Um tratamento de 15 injecções e eu fiquei na mesma. Tudo me faz mal.

A luz faz-me mal. As camisolas fazem-me mal. Os tapetes fazem-me mal. Os cobertores e as mantas idem. As alcatifas são um atentado à minha saúde. Os cheiros. Os perfumes. Os desodorizantes. As velas. As écharpes. O pó. O maldito pó que nunca se acaba. Ácaros foi o que me disseram. Alergia aos ácaros, o teste provou que sim. Mas como é que se vive sem ácaros? Como? Estão em todo lado. Estão sempre em todo o lado. O pó limpa-se e nos dez minutos seguintes la está ele novamente. Areja-se tudo e mais alguma coisa mas o alivio é pouco. É nenhum. 

Não há alivio. 
E mais um dia na minha vida, igual a tantos outros, assim passará.

23 de novembro de 2015

Queridos Supermercados

Caminhamos a passos largos para o Natal e isso implica certas atitudes por vossa parte. Natal significa, entre outras coisas, Ferrero Rocher. E numa altura da minha vida em que prendas não me dizem grande coisa, é ainda mais importante ter à mão de colher estes maravilhosamente deliciosos chocolates para adoçar este Natal que já se vai sentindo muito frio. 


Aqui faço o meu apelo aos variadíssimos estabelecimentos comercias: 5,20€ (mais coisa menos coisa) por uma caixinha de 16 chocolatinhos é um balúrdio! Dios! Confesso que o Lidl me surpreendeu pela sua antecipação nos meus desejos mas foram extremamente inconvenientes na escolha da data uma vez que não me foi possível deslocar ao seu estabelecimento no fim de semana escolhido para a promoção. Por isso, queridos Continente e Pingo Doce (escolhidos pela sua proximidade) não me desiludam e façam lá uma promoçãozinha - decente! - porque eu preciso de fazer um stock de caixas para consumo próprio e para também oferecer. 

Eternamente agradecida! 

18 de novembro de 2015

Day 07 - A Movie That Makes You Happy

Quando inicialmente penso em filmes que me fazem feliz a minha mente direcciona-se imediatamente para aqueles que é seguro que se me estiver a sentir mal, ou em baixo, ou até triste, irão pôr um sorriso na minha cara, nomeadamente, filmes de animação. Realmente muitos são repletos de comédia e têm uma certa "leveza" tornando-se perfeitos para ajudar a que um sorrisinho surja. No entanto, para esta categoria, queria mencionar o filme que realmente me deixou um sorriso nos lábios mas não só por momentos de comédia (apesar de os ter e de serem mesmo muito bons). 

Este é um filme sobre amizade, sobre os valores que são importantes na vida e sobre simplicidade. É-me difícil explicar o quanto este filme me tocou e o quanto acho que deveria ser visto em larga escala. O sentimento de felicidade que retenho em relação a este filme é o quanto uma amizade improvável pode mudar uma vida, mesmo contra argumentação de pessoas próximas, derrubando barreiras e preconceitos impostos pela sociedade. É uma história simples onde duas pessoas comuns se tornam extraordinárias e nem se dão conta de como fazem bem uma à outra. Tornando tudo ainda mais intenso e mais maravilhoso é o facto de ser uma história real. São os pequenos gestos que fazem a diferença e este filme é um autêntico relembrar dos valores mais importantes da Humanidade. Um filme que me faz chorar de alegria.

O filme: Intouchables (2011).

15 de novembro de 2015

Uma carta para ti.

Quando procuro em mim não encontro nada. Nem um único bocadinho de ti. Nada. Não te vejo mais. Não te quero ver, céus, não quero mesmo. Agora já és outra pessoa. Talvez sempre tenhas sido mas eu não vi isso. Não imediatamente pelo menos. 

Mas sabes que mais? Eu não me importo. Ás vezes ate me surpreendo a sorrir. Sim, a sério, e é mesmo curioso. Sorrio porque eu sei. E tu não sabes que eu sei. E é quase divertido ver-te a mostrares quem não és. É como ver um Pai Natal disfarçado e estares farto de saber quem está debaixo da máscara mas o esforço que ele faz para não dar nenhuma pista. Tu deste muitas. E a tua máscara caiu sem saberes. Ainda pensas que a tens, mas não, vê bem, ela caiu. Resta o verdadeiro tu. Nu e cru. Previsível. Desonesto.

O meu sorriso não o podes ver. Infelizmente para ti porque se calhar se o visses sabias o erro que cometes. Sabias que eu não choro. Sabias que a minha pele é um escudo. E o lado direito do meu cérebro já não reage a ti. Sim, sabes bem que ao meu coração nunca chegaste. Eu não tenho pena de ti. Foste só uma ideia. Uma passagem no meu livro. Eu sei a falta que te faço. Eu sei que te faltam os meus ouvidos que estavam sempre dispostos a ouvir. Eu sei que te falta o meu apoio. Mas tu pensas que não, não sabes que já começou. Darás conta disso, e aí vai-te faltar o chão, e tudo quanto tens feito se voltará contra ti.

E aí saberás que a tua máscara caiu e já não te protege.

12 de novembro de 2015

Leituras: Nicholas Sparks - See Me

Bem, por onde começo?

Primeiro talvez por dizer que falar de livros há-de ser algo frequente porque, geralmente, quando acabo um já tenho outro para começar a ler. E assim é hoje também já que ontem acabei de ler o mais recente romance do Nicholas Sparks, See Me, e já tenho um novo livro aqui na secretária para começar a ler.

Segundo, vamos ao que interessa. Não sou ávida leitora dos livros do Nicholas Sparks por se tratarem de histórias de amor, ou pelo menos, no geral resumem-se a isso, sendo que é algo que não me seduz muito. No entanto nada se pode tirar à maneira como escreve, como descreve e como relata acontecimentos tornando a sua leitura bastante agradável. Desta vez, aconselhada por uma querida amiga, resolvi desviar-me por uns dias das minhas leituras policiais e dedicar-me a algo mais suave. Contudo, de suave este livro tem muito pouco e aqui aproveito já para dizer que este deve ser dos livros de Nicholas Sparks (dos que eu li) que mais me interessou e mais gostei.

Este não é um livro inteiramente dedicado ao amor e ao romance e a duas pessoas que se conhecem e se apaixonam. Certo que isso também lá está mas há algo mais. Além disso a história de amor relatada no livro não é para mim evidente, é um work in progress e é algo que acontece por acaso. Quero com isto dizer que ao contrário da percepção com outros livros, as personagens deste livro não se queriam apaixonar, não era algo essencial na vida deles, não andavam à procura disso, simplesmente aconteceu. Por outro lado, depois de ler o prólogo qualquer pessoa percebe que Nicholas Sparks vai às profundas marés dos distúrbios mentais e traz de lá personagens com comportamentos distorcidos, com realidades paralelas e que, logo no inicio, me fez crer que esta não era mais uma história de amor.

E assim foi. Por entre perseguições, fanatismo, obsessão, sede de vingança e também, amor claro, este é um livro bastante interessante porque de certa maneira relata uma grande realidade, o fim da privacidade por via das redes sociais. Quando usadas sem consciência, são uma óptima fonte de informação e são um livro aberto para a vida pessoal de cada um. Não há como não saber onde fulano está, a fazer o quê e com quem. Isto é algo muito actual e deste ponto de vista, este novo livro de Nicholas Sparks pode até ser educativo. Além disso toda a história que se desenvolve é muito consistente, é apelativa, algo aterradora também, mas bem real e com vários pormenores deixados aqui e ali que no fim voltam à superfície e fazem verdadeiro sentido.

Gostei da leitura e gostei da semana em que este livro me acompanhou por isso aconselho a sua leitura, mesmo para quem, tal como eu, não é um amante de livros deste género. Este é diferente, prometo!

10 de novembro de 2015

Beber água, talvez?


Quantas e quantas vezes já lemos a expressão "Afinal não é bem assim" ou "Afinal não é como se pensava"? Muitas. Demasiadas. Hoje foi mais um desses dias enquanto dava uma pequena vista de olhos pelas notícias. Eu acredito na evolução da ciência. No desenvolver de novas tecnologias, novas formas de estudar "isto e aquilo" e também acredito na divulgação dessas informações. No entanto acho que somos de tal maneira bombardeados com dicas, com "informação científica comprovada", com "faça isto, não aquilo" que as tantas o cérebro pára porque precisa de repouso, porque tudo isto é simplesmente demasiado. E as tantas, já fartos e exaustos de tanta "informação", vêm dizer-nos que afinal não é nada disso, é exactamente o contrário.

Numa sociedade que fomenta informação, que se alimenta dela e que leva o seu dia-a-dia consoante o que ouve aqui e o que ouve ali (a menos que alguém tenha um laboratório em casa e possa fazer a sua própria "investigação") ficaríamos todos bem agradecidos que aquilo que se publica como "comprovado" fosse efectivamente comprovado, não fosse somente "comprovado agora" para alguns anos mais tarde afinal já não ser bem assim. 

O leite sempre fez bem. De repente afinal é muito mau. As tantas não é nada disso e faz mesmo bem à saúde e afinal, uma vez mais, é prejudicial, um veneno até! Então afinal em que é que ficamos? Se o leite é um veneno porque é que está nas prateleiras dos supermercados? Não deveria ser restringido? Assim fico sempre na dúvida. Compro ou não? Neste ponto poderia ser argumentado que o tabaco, conhecido agente cancerígeno, também se encontra à venda. Certo, mas em máquinas bloqueadas e com venda proibida a menores de 18 anos. Se calhar também o leite tem de começar a ser vendido desta mesma forma. 

O leite é só exemplo de muita coisa que se "fala por aí" e que depois ninguém sabe ao certo como é afinal. Uns dizem que beber água à refeição é bom porque enche o estômago, logo comemos menos. Outros dizem que afinal não é bem assim porque a água dilata as paredes do estômago, afinal comemos é mais. Devemos comer grelhados porque não são necessárias gorduras. Afinal não porque são cozinhados a altas temperaturas e podem ser ainda mais prejudiciais. Se vão comer fritos prefiram-nos cozinhados com gorduras de origem vegetal, como óleo de girassol etc, e nada de manteigas e banha. Afinal agora é ao contrário, como li nesta notícia, e o óleo de girassol é terrível e a manteiga é a gordura preferível. 

É impossível alguém que ouça tantas informações contraditórias não se perguntar então afinal que fontes de informação são estas que ora dizem uma coisa ora dizem outra? Uma vez mais reitero que acredito na evolução da ciência, mas não acredito, nem vejo como acreditar, que algo que é considerado benéfico, comprovadamente benéfico - com estudos e todos esse ram ram - afinal depois as tantas além de não ser benéfico até faz é mal. Quando comprovaram que os óleos vegetais eram benéficos não se teriam dado conta dos potencias químicos que eram produzidos? 

Isto parece uma brincadeira, mas não é, o que torna tudo ainda mais grave.
E perante tanta investigação que diz que sim e depois as tantas diz não, realmente é melhor uma pessoa dedicar-se a beber água (que pelo que sei ainda não vieram dizer que faz mal - esse tempo virá certamente)!

9 de novembro de 2015

Visitas ao baú.

Às vezes dá-me uma certa nostalgia e gosto de ir ver antiguidades (não tão antigas quanto isso). Porque há sempre aquela música que gostavamos tanto mas caiu no esquecimento, ou aquele vídeo que era tão engraçado e vimos vezes sem conta mas foi depois ultrapassado por outros afazeres. De vez em quando gosto de ir relembrar. Nesse campo a lista de favoritos da minha conta no Youtube é um autêntico baú de recordações, e eu resolvi dar uma espreitadela. E trazer de lá alguma coisa. Para animar o inicio da semana: Rowan Atkinson. 

5 de novembro de 2015

Day 06 - Your Favorite Comedy Movie

Escolher um filme de comédia é por um lado fácil e por um lado difícil. Não sou pessoa que aprecie muito comédias, maioritariamente, porque considero que há dois tipos, aquelas que apelam a um humor refinado, piadas com gosto, e há aquelas que pura e simplesmente são estúpidas. Eu não digo que as ditas comédias estúpidas não sirvam para uma pessoa dar umas gargalhadas mas às vezes é demais e rir do estúpido tem piada as primeiras vezes e depois é simplesmente ridículo. Não me é habitual pagar um bilhete de cinema para ir ver uma comédia que não seja minimamente perspicaz. O que quero com isto dizer é que apesar de as ditas "comédias de Domingo à tarde" serem realmente boas para isso mesmo, passar o Domingo à tarde, além disso não lhes presto mais atenção.

A parte difícil de escolher uma comédia favorita assenta no facto de não ter vistos muitas comédias que me tenham agradado completamente. A parte fácil vai mais ou menos pelo mesmo caminho, como não vi muitas as escolhas são limitadas e é mais fácil. Sorte a minha que tive o prazer de ver algumas comédias (com crime e drama à mistura) que realmente apelaram ao meu sentido mais cómico. Neste género sou mais apreciadora da comédia algo mórbida e de um humor mais negro. E quem melhor para transpor humor negro ao grande ecrã do que os irmãos Coen?

A minha escolha recai naquele que foi, provavelmente, o primeiro (ou dos primeiros) filme dos irmãos Coen que vi, por sugestão de um familiar, e realmente só me arrependo de não o ter feito mais cedo. Como disse anteriormente este é um filme inteligente e divertido. E quanto mais vezes o virem ainda mais divertido se torna. É um comédia diferente, não o filme que grita "olha sou engraçado, não sou?". Não é preciso ser evidente nem literal, e é isso que aprecio tanto neste filme. Além disso este é também um clássico que sabe sempre bem rever vezes sem conta. Haveriam outros filmes dos irmãos Coen que também caiam bem nesta categoria mas não me sinto errada quando digo que este é o mais especial, mais bem pensado, mais inteligente e a certo ponto, mais divertido.

Para 117 minutos de categoria, a minha sugestão: The Big Lebowski (1998).

2 de novembro de 2015

1 de novembro de 2015

Ler, a quanto obrigas.


Ler é algo que faço com o maior dos gostos. Em verdade é a minha maneira favorita de passar o tempo e sei que apesar de nós, leitores aficionados, sermos uma minoria nos dias de hoje e na nossa sociedade, ainda há por aí muito boa gente que não dispensa a companhia de um livro. E em qualquer dos formatos, seja o livro impresso, o meu preferido, ou nos mais recentes ebooks que confesso terem um aspecto pratico muito interessante, apesar de eu preferir o "folhear" das páginas.

No entanto no nosso país torna-se (quase) impraticável ler. É tudo uma questão de preços e hoje em dia quem não olha a gastos? É difícil, nos dias de hoje, encontrar um bom livro que não se encontra na faixa de preços entre os 17€ e os 25€. Seja biografia, seja romance estrangeiro, literatura nacional, tanto faz. Pessoalmente sou amante dos Romances Policiais e ultimamente tenho grande tendência a preferir os crimes nórdicos cujos autores gostam de escrever séries, e depois de ler o primeiro e o segundo claro que quero ler o terceiro e o quarto e o quinto e quantos mais forem publicados. A cerca de 20€ (média) cada livro, fica cara a brincadeira.

Sempre ouvi dizer, quer no "boca-a-boca", quer na própria comunicação social, que em Portugal se lê muito pouco e que devem ser criadas iniciativas para fomentar a leitura, especialmente nos mais novos, mas com preços destes quem pode? Acredito que muita gente não leia porque ache que é extremamente aborrecido, principalmente comparado com os reality-shows que nos são brindados na televisão portuguesa, mas também quero acreditar que haja muita gente que não lê porque os 20€ que vai dar por um livro lhe fazem falta para comprar pão, manteiga e fruta para comer.

Queridas editoras portuguesas, porque não praticarem preços mais acessíveis para que toda a gente possa desfrutar do prazer da leitura? Na minha lista de leitura encontra-se o próximo livro da Camilla Lackërg intitulado "A Sombra da Sereia" que para mal dos meus pecados custa 19,90€ no Wook e cerca de 17,90€ no note.it, mas é curioso como as traduções inglesas que se podem encontrar no Bookdepository custam entre 10€ e 11€ na versão Paperback que é equivalente ao que temos no nosso país. Isto realmente faz-me crer que a tradução para português tem de ser paga a preço de ouro! 

Assim, cada vez se lê menos e seremos, cada vez mais, uma minoria.

29 de outubro de 2015

Day 05 - Your Favorite Drama Movie

A definição de drama, do ponto de vista cinematográfico, assenta numa narração de ficção que se foca mais no lado sério do que no lado humorista, com desenvolvimento de personagens realistas que têm de lidar com emoções e problemas também eles realistas. Isto descreve 90% dos filmes que vi/vejo. Efectivamente, quase todos os filmes que caem nas minhas graças se encaixam, de uma maneira ou de outra, neste género. Sejam eles além de dramas, também, thrillers, crimes, mistérios, etc.

Assim sendo é muito complicado o fim que devo dar a esta categoria, é que são mesmo muitos. Mas como tive de fazer noutras categorias complicadas, tem de haver um critério e nada melhor do que fazer uma pré-selecção de potenciais candidatos e a partir daí avaliar o que se destaca. E perante a indecisão entre duas escolhas, a certeira vai cair naquele que eu vi mais vezes e que, portanto, chama mais por mim. 

Todos os pormenores neste filme resultam muito bem para a minha apreciação. Um policia infiltrado na máfia e um mafioso infiltrado na policia que se estão a tentar descobrir um ao outro. Martin Scorcese e Leonardo DiCaprio, uma dupla de sucesso a meus olhos. Jack Nicholson no papel de mafioso, no papel de vilão, que tão bem lhe assenta. Matt Damon e Mark Wahlberg em belíssimas interpretações. Não há nada que eu não goste neste filme. A maneira como Scorcese conta as suas histórias é para mim brilhante e inteligente, ele consegue criar um entretenimento estável durante mais de duas horas de filme. A própria escolha de banda-sonora do filme é top notch. Nada mais do que eu possa dizer acerca deste filme conseguirá fazer-lhe justiça por isso, se ainda não o fizeram, vejam-no e apreciem.

O filme: The Departed (2006).

27 de outubro de 2015

26 de outubro de 2015

Jornalismo, onde estás?


Quando alguém lê este título, pode facilmente dar-me a resposta de que o jornalismo está em todo o lado. Efectivamente. Talvez também concordássemos que hoje em dia qualquer badameco se auto-intitula de jornalista e proclama fazer jornalismo. Certo, mas errado. Porque para mim só é jornalismo se for a sério e se for de qualidade. Algo altamente escasso hoje em dia. Já serão difíceis encontrar jornalistas sérios com material de interesse. Jornalistas que não se deixam pagar e influenciar por opiniões de hierarquias mais altas. Jornalistas que sabem do que falam. Jornalistas que fazem o seu trabalho: seleccionar informação e o meio de a divulgar. Escolher aquilo que merece divulgação. 

Vou focar-me hoje principalmente nos telejornais e jornais da noite da televisão portuguesa. O jornalismo televisivo perdeu para mim muito interesse. A primeira razão é que, como devem imaginar, para se ter uma edição de 60 minutos, no mínimo, têm de ser dadas muitas notícias que não interessam a ninguém. E para mim o dar noticias por dar, para encher chouriços como se costuma dizer, não me interessa, nem vou perder o meu tempo com isso. Talvez dos 60 minutos possa aproveitar os 15 primeiros e pouco mais. 

A segunda razão é porque não sei que canal escolher, a RTP faz papel de porta-voz, a TVI é sensacionalista que dói e a SIC vai pelo mesmo caminho. A terceira razão é que apesar de eu amar futebol, também gosto de outros desportos, mas acho uma vergonha quando temos um português no campeonato do mundo de MotoGP na categoria de Moto3, a vencer corridas atrás de corridas, e quando nao as vence tem bons resultados, e estes telejornais nem o raio de uma imagem da corrida conseguem! Já nem digo um vídeo, que seja uma foto, mas que ao menos seja da corrida em questão (neste campo penso que a TVI ontem mostrou 15 segundos de video da Malásia, mas quantas corridas foram precisas para termos direito a isto?). Ou então o ténis, que só existe na semana do Estoril Open ou quando o Nadal perde e o Djokovic ganha, e também se passa o mesmo com as imagens usadas nas reportagens, quantas noticias já deram do João Sousa sempre com as mesmas imagens do estoril? Mas o Deus dos Telejornais nos livre de não ser transmitida uma notícia sobre a potencial, possível, talvez sim talvez não, será mesmo, quem sabe, nova namorada do Cristiano Ronaldo. Porque eu não ia conseguir passar o meu dia sem essa fundamental informação!

A quarta, e última razão, tem a ver com o facto de muitas vezes serem ditas coisas e quando é anunciada a noticia não tem NADA a ver. O que me levou a escrever isto tudo foi um exemplo disso mesmo. Estava eu aqui quieta e sossegada no meu canto quando ouvi, numa qualquer televisão ligada cá de casa, a jornalista da TVI anunciar: "Depois de 8 jornadas, os treinadores dos 3 grandes ja fazem contas rumo ao titulo" para introduzir uma noticia intitulada "Sporting faz historia". Eu disse "ah?!" e devo ter feito uma cara esquisita porque segundo me parece, Julen Lopetegui disse "Ainda estamos na oitava jornada e falta tudo para determinar.", Rui Vitória directo ao assunto disse "Em maio fazem-se as contas" e Jorge Jesus no seu estilo disse "Mostramos que somos candidatos mas na segunda volta vamos ter de jogar mais e continuar sempre em crescimento". 

Onde estão afinal as contas então? Estarei eu a ver mal ou alguém viu algum destes treinadores a fazer contas? Se calhar Lopetegui ontem foi para a cama e esteve a fazer contas mas isso é lá com ele, certamente a TVI não o saberia. E a esta "brilhante" introdução seguiu-se a notícia que mencionava há quantos anos o Sporting não ganhava por 3-0 na Luz ou há quantos anos este ou aquele facto da história do futebol não acontecia. Então e as contas dos treinadores afinal onde estão? Que tem isso a ver com o raio da notícia? Não entendo.

Assim seguimos, na esperança que o jornalismo acorde pra vida e se encha de qualidade!

24 de outubro de 2015

Day 04 - Your Favorite Horror Movie

Esta é, provavelmente, a categoria mais fácil para mim. E assim o é porque, muito francamente, não tenho muito por onde escolher já que filmes de terror/horror não são de todo algo que eu aprecie ou que, actualmente, sequer me dê ao trabalho de tentar apreciar. Porque já o fiz e porque não me convence, é um género cinematográfico que tão simplesmente me passa ao lado. Além disso, devo confessar, que dos filmes de terror que vi, simplesmente, não tiveram efeito nenhum em mim mas isso deve ser consequência do meu cepticismo sempre que, sabe-se lá porquê, vejo um filme deste género.

No entanto devo dizer que a escolha para esta categoria é um filme que aprecio muito. De certa maneira é um filme que em vez do típico cliché de terror que faz parte deste género de filmes (aqui falando no geral, porque não conheço nada por aí além) apresenta antes uma insanidade mental que chega a ser doentia. É um filme doentio por assim dizer, que roçando o terror/horror se torna bastante interessante e apelativo. 

Como cheguei a mencionar anteriormente, porque esta escolha é uma repetição, este filme tem uma certa calma, um sossego aterrador, uma quietude que sabemos estar presa por um fio muito ténue que quebrará a qualquer momento. Há um isolamento assustador e somos empurrados para um jogo psicológico doentio. É um clássico que vale a pena ver, mesmo para os não apreciadores deste género, como eu.

A minha escolha, The Shining (1980).

21 de outubro de 2015

19 de outubro de 2015

A Metamorfose Mental


Muitas pessoas dirão que a vida é curiosa.

Pessoalmente, não acho a vida curiosa. Para mim, curiosas são as pessoas, e os seus comportamentos. A maioria das vezes fico fascinada por comportamentos enganadores. Afinal não era bem o que eu pensava. Acho extremamente curioso. A maneira como certas pessoas se mudam. Quase poderiam ser apelidadas de shapeshifters, se calhar sem a parte de mudarem a pele porque essa é sempre a mesma. Daí serem enganadores. É uma metamorfose mental que afecta o comportamento, negativamente na maioria dos casos. É realmente uma curiosidade porque, costumo considerar que algo é curioso quando não encontro uma explicação, e este é o caso.

Posso estar enganada dentro do meu próprio enganado, mas não me parece. No entanto, seria mais um engano, nada de novo aqui. Mas não me parece ser este o caso. É realmente fascinante. Um dia luz, outro dia escuridão. Um dia chove, outro dia faz sol. Como o tempo. Mas será suposto as pessoas serem como o tempo? Suponho que não porque então aquilo que conhecemos como amizade, sociabilidade, a partilha da vida, não seria nada mais que um engano. Felizmente nem todas as pessoas sofrem de metamorfose mental. Infelizmente muitas sofrem e vão ser sempre essas que nos vão marcar. Imediatamente a seguir a dar um passo em falso, instala-se o receio de dar um novo passo, seja ele qual for. 

Em seguida impõe-se a verdadeira questão. As pessoas mudam para pior, ou sempre foram assim afinal de contas? Se calhar na altura envergar o verdadeiro eu não era pratico, nem ia ao encontro dos seus propósitos. Talvez fosse isso. Eu acredito mais na ocultação de personalidade, talvez uma metamorfose de algo que já lá estava. Como por exemplo a metamorfose dos insectos até à forma adulta, as asas já lá estavam, só faltava nascerem e desenvolverem-se. O terem asas faz parte do seu ser. Para alguns seres humanos é igual. A habilidade de usar os outros é inata. Sorrisos amarelos, que na altura parecem brancos. Conversas incríveis, é só paleio. Até que a torneira fecha. E depois a metamorfose mental instaura-se e quando finaliza tudo fica claro como água.

É uma pena que assim seja. E é doloroso sofrer as investidas de um shapeshifter. Mas como tudo na vida, isso também passa. A vida vai continuar e dirão os entendidos que o importante é aprender a lição. Talvez tenham razão.

A curiosidade das pessoas é essa. 
E não há maior desafio do que encontrar pessoas verdadeiras.
Eu sei que elas existem, isso é um consolo e um incentivo.

Até lá, vou admirando esta curiosidade.

17 de outubro de 2015

Seremos árvores de fruto?

Uma árvore, uma raiz a expandir-se, o caule a crescer, as folhas instaladas e as flores. As flores que depois dão o fruto. As flores que representam o inicio e dão origem ao fruto. Será que uma árvore se sente feliz quando nasce o fruto? Será que se sente completa? 

Agora sim, assentei nesta terra boa, e com alguma perícia das minhas flores dei origem ao fruto. E agora quero ficar com ele, porque ele veio até mim.

Mas será que pode? Será que é seu para ficar com ele? Não será ilusão?
Certo que o fruto é efectivamente fruto de algo. Talvez trabalho. Talvez astúcia, enredo. 
Mas será seu? 

Sim é meu. Não vês como está sempre comigo? Não vês que não importa por quanto as minhas folhas dancem, o meu querido fruto continua comigo? Não sabes que só me quer a mim? Que só tem olhos para mim? 

Será que tem?
A mim parece-me presunção. Excesso de confiança. 
Porque todos sabemos que o fruto vai cair. Vai-se libertar, ser livre. 
Será que cai porque quer? Será que cai porque a árvore que outrora lhe sabia a casa deixou de assim o fazer? Será que precisava de algo mais?

Mas que mais poderia querer? Que mais poderia eu dar a este fruto? Não entendo. Será que não vi? Será que não me apercebi? Se calhar estava demasiado preocupada em admirar o meu feito do que a cuidar dele. Talvez me tenha centrado em mim. Na segurança que era meu. Não vi acontecer. E agora é tarde.

Afinal não era da árvore. Nunca foi. Era posse temporária. 
Era ilusão que tudo estava feito e perfeito. 
A árvore tinha uma ideia. Aquele fruto era seu e pertencia-lhe, ou assim pensava ela. E enquanto pensava, não via o quanto se enganava.

Sim, tens razão. Nada é de nada. Se ao menos tivesse prestado mais atenção, eu devia ter percebido isso. Agora lá vai o meu belo fruto. Na minha cabeça assim o eras, garantido. Deixei-te fugir.
E agora és livre.

14 de outubro de 2015

Day 03 - Your Favorite Action/Adventure Movie

A categoria que se segue no 30 Day Movie Challenge é mais uma daquelas difíceis. Tudo o que envolva um "favorito" torna-se difícil pela quantidade de escolhas possíveis que existem e neste caso não é excepção até porque a categoria de acção/aventura engloba, talvez, a maioria dos filmes que eu já vi na minha vida sendo portanto extra difícil escolher um.

Para a escolha ser mais fácil e começar a delinear possíveis candidatos resolvi recorrer à minha lista de filmes favoritos e de, entre esses, seleccionar um que talvez se sobressaia dos outros dentro desta categoria. A verdade é que o filme que, assim, escolhi para esta categoria é efectivamente um dos meus filmes favoritos e esteve na contenda da escolha da 1ª categoria. Para ser completamente sincera fiquei mais decidida em relação à categoria do meu filme favorito porque sabia que este outro poderia ser incluído numa outra, e esta é a ideal.

Este é um filme de acção e aventura. É um filme de super-heróis que pelo sua grandiosidade situa-se muito acima de todos os clichés cinematográficos que incluem praticamente todos os filmes desta categoria. Digo isto porque apesar de ser um filme de super-heróis, é também provavelmente o melhor filme de acção feito. Um verdadeiro thriller. Nem todos são amantes de filmes de super-heróis mas penso que este filme vai além dessa categoria, podendo ser apreciado por uma muito mais vasta panóplia de pessoas. 

Foi um filme altamente publicitado e badalado. Foi o blockbuster do verão de 2008 e, a meu ver, é ainda melhor do que toda a promoção que lhe foi feita. O meu ponto a favor mais alto vai para a performance dos actores e a maneira gloriosa como os personagens foram tratados pelos produtores e escritores. Tudo bate certo. Diálogos, cenas de acção, a intimidação que é palpável ao longo do filme. E claro, provavelmente uma das melhores performances de um vilão clássico do cinema de sempre, chega a ser quase real. O lado mais dark que este super-herói/vilão precisavam.

O filme: The Dark Knight (2008).

11 de outubro de 2015

No meio do nada.

A paz e o sossego que um local sem ligação à Internet e sem rede no telemóvel pode oferecer durante 3 dias é inqualificável.

É estranho mas sabe bem. Quanto mais afastada do "Mundo" mais ligada a ele sinto estar. 

Ouvir os sons da terra. As árvores, o vento, o som do asfalto quando o piso. 
Os sons vindos da casa dos vizinhos. 
O som da chuva a bater no telhado e depois a alcançar o chão. O miar dos gatos. O ladrar dos cães a vigiar os outros animais.

A quantidade de páginas que queria ler. E li.
O passar das páginas, finalizar um capítulo, começar um novo e continuar sem parar.
Mais de metade do livro já lá vai. 

A música calma que me faz companhia. Uma nova descoberta.
Perfeita companhia. Perfeita para quebrar o leve sossego que se sente.

E imaginar. Sonhar.

8 de outubro de 2015

Day 02 - The Last Movie You Watched

Continuando com o meu desafio de 30 Day Movie Challenge, hoje é dia de enunciar o último filme que vi. Esta não é particularmente difícil porque, primeiro não se passaram muitos dias desde que o vi e segundo porque não tenho de fazer uma escolha pessoal, que são sempre as mais difíceis.

Escolhi este filme (para ver) porque tinha alguma curiosidade, teve uma grande promoção, principalmente no seu país de origem, Estados Unidos, e também pela "piada" do protagonista (e por piada quero dizer que tem a sua piada ver alguém que "conhecemos", de outras bandas, no grande ecrã). Além disso é também um filme que retrata uma catástrofe natural que acontece devido à dinâmica interna da Terra. 

Para mim, este tema é particularmente interessante porque efectivamente estes fenómenos são cada vez mais frequentes, em grande parte devido à actividade do ser Humano em conjunto com factores naturais. Além disso, demonstram aquilo que nós somos nesta vida e no nosso planeta Terra, matéria e nada mais. Infelizmente podemos fazer todos os planos de vida possíveis e imagináveis mas a verdade é que bem no fundo basta um segundo e tudo vai por água abaixo. Não há como controlar a força da natureza e nesse sentido o lema, viver cada dia como se fosse o último ganha um sentido mais real.

No entanto, apesar deste palavreado muito profundo, isto é só um filme. Vale pela mensagem que transmite mas não deixa de ser um filme. Muita acção, do ínicio ao fim, em nenhum momento me senti aborrecida ou a pensar noutras coisas que não no filme em si. A história, obviamente, como em qualquer outro filme do género, acaba por ser bastante previsível, no entanto vale pela acção e pelos efeitos especiais. É um bom filme que garante 114 minutos bem passados.

"Mas afinal que filme é?" Pois, têm razão: San Andreas (2015).


7 de outubro de 2015

O que não podiamos ser.

Não podíamos ir porque dizias que era longe. Não fomos.
Não fomos conhecer porque dizias que era caro. Não conhecemos.
Não visitamos porque não te dava jeito. Não saímos.
Não vimos porque não era aquilo que gostavas. Não aprendemos.
Não saboreamos por alguma razão que disseste. Não experimentamos.
Não brincamos porque eras sério. Não sorrimos.
Não me expressei porque te caia mal, dizias. Não falamos.
Não compramos porque achaste que era foleiro. Não adquirimos.
Não isto porque aquilo. Não nada.

E eu fui embora.

6 de outubro de 2015

Day 01 - Your Favorite Movie

Hoje deve ser dia de recomeços porque é para isso que estou virada e, assim sendo, como promessa que fiz em Setembro de 2010, vou finalmente realizar, aqui no blog, o 30 Day Movie Challenge que nunca cheguei a fazer, apesar da vontade ser muita. No post original podem ver-se as categorias dos diversos dias: aqui. Espero cumprir fielmente o desafio, não digo que o irei fazer todos os dias mas veremos, por isso vamos a meu filme favorito.

Escolher um filme favorito é extremamente difícil. Quer dizer, quantos filmes já vi eu na minha vida? Como posso escolher apenas um? É injusto. Suponho que um filme favorito é aquele que vimos mil vezes e podemos ver ainda mais umas mil (e ate mais que mil). O problema é que há mais do que um filme que eu já vi mais de mil vezes! Da última vez que completei o primeiro dia, aqui, escolhi O Senhor dos Anéis: O Regresso do Rei que é efectivamente um filme que me é muito querido e que nunca hesitarei ver mais mil vezes. 

Realmente é capaz de ser o filme que já vi mais vezes na minha vida e não será por acaso que assim é. Quando gostamos muito de algo temos tendência a manter uma proximidade. Não sei quantas vezes li os livros de JRR Tolkien e muito menos quantas vezes vi a trilogia d'O Senhor dos Anéis que culmina neste filme épico. Para amantes do mundo de fantasia, a Terra Média é o ponto mais alto que se pode alcançar. Tudo é pensado ao pormenor, todos os povos, todos os locais, todos os costumes, todas a linhagens. Tudo isso é este filme. Para os amantes do mundo da fantasia não pode haver uma criação em tela de cinema mais perfeita.

No entanto não me parece bem mencionar o último filme da trilogia sem mencionar os dois primeiros. Para mim não existe O Regresso do Rei sem A Irmandade do Anel ou As Duas Torres, por isso, não escolho apenas o ultimo filme, mas sim a trilogia completa d'O Senhor dos Anéis como o meu filme favorito.

O Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel (2001), As Duas Torres (2002) e O Regresso do Rei (2003).


Abertura 1500

Que saudades de escrever.

É incrível como uma pessoa gosta de escrever e quer sempre fazê-lo mas depois quando chega a hora "H" faltam sempre as palavras, a inspiração. Depois a vontade vai diminuindo lentamente mas fica sempre lá. Por uma ou outra razão volta sempre. E se volta por alguma razão é. E depois de voltar eu estou cá para a acolher e fazer dela alguma coisa.

Costuma dizer-se que "Para todo o fim, um recomeço" e, assim sendo, faço-me escritora novamente e vejo o meu blog como o meu espaço, onde partilho, onde me queixo, onde suspiro, onde simplesmente existo... e quero continuar a existir.

Em celebração de um novo "recomeço" deixo a música que lhe dá nome. Sim é mesmo o nome de uma música!